LENDA DO LIS E DO LENA

Nasceu o rio Lis junto a uma serra
No mesmo dia que nasceu o Lena;
Mas com muita Paixão, com muita Pena
De seu berço não ser na mesma Terra.

Andando, andando alegres, murmurantes,
Na mesma direcção ambos corriam;
Neles bebendo, as aves chilreantes
Cantavam esse amor que ambos sentiam



Um dia já espigados, já crescidos
Contrataram casar, de amor perdidos
Num Domingo, em Leiria de mansinho...

Mas Lena, assim a modo envergonhada
Do povo, foi casar toda enfeitada
Com o Lis mais abaixo um bocadinho.

Marques da Cruz
1888-1958

Este soneto inspirou, de forma magnífica,

Exposição de Fotografia

- Memórias escritas e imagens de um passado recente (meados do século XX) - A partir das memórias de Raul Faustino Sousa
- 1.ª exposição do acervo fotográfico do Senhor Fabião